terça-feira, 9 de junho de 2020

Cuidados paliativos domiciliares: considerações sobre o papel do cuidador familiar



O paciente quando acompanhado por uma equipe de Cuidados Paliativos Domiciliares deve receber assistência integral às suas necessidades, sendo realizada na maior parte do tempo pelo cuidador. Este pode ser membro da família, um membro da equipe ou pessoa da área da saúde contratada pela família.
Quando um membro da família se torna cuidador pode ocorrer alterações na rotina e mudanças de papéis na dinâmica familiar para a adaptação às exigências e demandas do tratamento inclusive alterações no aspecto socioeconômico. O cuidador familiar então assume mais uma função, pois ainda permanece com as tarefas domésticas, responsabilidades financeiras e de cuidados consigo e com os demais familiares, a exemplo, os filhos.
O ato de cuidar do paciente sem possibilidades curativas é um exercício diário e repetitivo. Muitas vezes pode ser exercido de forma solitária e sem descanso, além de ter que ser conciliado com as demais atividades diárias deste cuidador familiar, e como consequência este pode vir a apresentar, ao longo do tempo, sobrecarga física, emocional, social e econômica. Esta sobrecarga pode ser considerada, então, um fenômeno multidimensional que pode trazer repercussões na vida e saúde do cuidador e suas demais relações, bem como na qualidade dos cuidados prestados ao paciente. 
Além das repercussões em relação ao cuidador familiar, o ato de cuidar pode também proporcionar sentimentos positivos. O zelo, carinho, gratificação, satisfação e crescimento pessoal. O cuidar ainda  possibilita ao cuidador o desenvolvimento de novas habilidades e posturas frente à vida, trazendo reflexões e questionamentos acerca do modo de viver.


Fonte: DUARTE, I.V; FERNANDES, K.F; FREITAS, S.C. Cuidados paliativos domiciliares: considerações sobre o papel do cuidador familiar. Revista da SBPH, Rio de Janeiro, vol.16, no.2, dez. 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1516-08582013000200006. Acesso em: 08 de jun. de 2020.

Por: Fernanda Souza, graduanda em enfermagem pela Uneb - Campus VII.

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