terça-feira, 23 de junho de 2020

Cicely Saunders e sua contribuição para os Cuidados Paliativos



Diversos historiadores indicam que a filosofia paliativista se iniciou na antiguidade, com as primeiras definições sobre o cuidar. Era comum na Idade Média, durante o período das Cruzadas, se encontrar hospices (hospedarias, em português), em monastérios, que acolhiam além de doentes e moribundos, mulheres em trabalho de parto, famintos, órfãos, pobres e leprosos.
Mais do que a busca pela cura, esta forma de hospitalidade tinha como características o acolhimento, o alívio do sofrimento e a proteção.
No século XVII, São Vicente de Paulo, um jovem padre francês, fundou a Ordem das Irmãs da Caridade e abriu várias casas para pobres, órfãos e enfermos. No ano de 1900, cinco das irmãs da Caridade fundaram o St. Josephs’s Covent, em Londres, iniciando o trabalho de visitar os enfermos em suas casas. Em 1902, elas abrem o St. Josephs’s Hospice com 30 leitos direcionados a moribundos pobres.
Nascida na Inglaterra, em 22 de junho de 1918, Cicely Saunders dedicou sua vida ao alivio do sofrimento humano. Graduou-se como enfermeira, assistente social e logo depois como médica. Escreveu vários livros e artigos que até hoje são utilizados como inspiração e guia para paliativista do mundo inteiro.
O primeiro serviço a ofertar cuidado integral ao paciente, desde o controle de sintomas, alívio da dor e do sofrimento psicológico foi criado por Cicely em 1967. O St. Christopher’s é reconhecido até hoje como um dos principais serviços no mundo em Cuidados Paliativos e Medicina Paliativa.
Cicely conseguiu entender a problemática do serviço que era oferecido em hospitais para pacientes em estado terminal. Ainda hoje, pacientes e familiares ouvem dos médicos e demais profissionais de saúde a frase “não há mais nada a fazer”. A médica inglesa sempre refutava: “ainda há muito a fazer”.
Ela faleceu em 2005, em paz, sendo cuidada no St. Christopher’s.


Fonte:https://paliativo.org.br/cuidados-paliativos/historia-dos-cuidados-paliativos/. Acesso em: 23 de jun. 2020.


Por: Ailton Oliveira, graduando em enfermagem pela Uneb – Campus VII.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Percepções do adolescente com câncer em cuidados paliativos quanto ao processo de adoecimento



A adolescência é uma fase da vida marcada por mudanças biológicas, sociais e emocionais, sendo a fase em que há uma busca constante pela liberdade, independência e realização de sonhos, além do amadurecimento e formação da personalidade. Com isso, ao receber o diagnóstico de câncer inúmeras mudanças e sentimentos como o medo e incertezas são acrescentados. Assim, os cuidados paliativos têm um importante papel durante o processo do adoecimento, tendo em vista o alivio do sofrimento seja no âmbito da dor física, espiritual e psicossocial, sendo necessária a assistência do enfermeiro de forma integral, buscando dar voz ao adolescente e dessa forma compreender os conflitos existentes nessa fase junto as incertezas do fato de se estar doente, objetivando alcançar uma sobrevida que promova uma melhor qualidade de vida para o adolescente e para a família. Diante disso, torna-se fundamental entender a percepção do adolescente com câncer em cuidados paliativos.

Fonte: GUIMARÃES, T. M. et al. Percepções do adolescente com câncer em cuidados paliativos quanto ao seu processo de adoecimento. Revista Gaúcha de Enfermagem, v.41, jun. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rgenf/v41/pt_1983-1447-rgenf-41-e20190223.pdf. Acesso em: 13 de jun. 2020.


Por: Aila Roberta, graduanda em enfermagem pela Uneb - Campus VII

terça-feira, 9 de junho de 2020

Cuidados paliativos domiciliares: considerações sobre o papel do cuidador familiar



O paciente quando acompanhado por uma equipe de Cuidados Paliativos Domiciliares deve receber assistência integral às suas necessidades, sendo realizada na maior parte do tempo pelo cuidador. Este pode ser membro da família, um membro da equipe ou pessoa da área da saúde contratada pela família.
Quando um membro da família se torna cuidador pode ocorrer alterações na rotina e mudanças de papéis na dinâmica familiar para a adaptação às exigências e demandas do tratamento inclusive alterações no aspecto socioeconômico. O cuidador familiar então assume mais uma função, pois ainda permanece com as tarefas domésticas, responsabilidades financeiras e de cuidados consigo e com os demais familiares, a exemplo, os filhos.
O ato de cuidar do paciente sem possibilidades curativas é um exercício diário e repetitivo. Muitas vezes pode ser exercido de forma solitária e sem descanso, além de ter que ser conciliado com as demais atividades diárias deste cuidador familiar, e como consequência este pode vir a apresentar, ao longo do tempo, sobrecarga física, emocional, social e econômica. Esta sobrecarga pode ser considerada, então, um fenômeno multidimensional que pode trazer repercussões na vida e saúde do cuidador e suas demais relações, bem como na qualidade dos cuidados prestados ao paciente. 
Além das repercussões em relação ao cuidador familiar, o ato de cuidar pode também proporcionar sentimentos positivos. O zelo, carinho, gratificação, satisfação e crescimento pessoal. O cuidar ainda  possibilita ao cuidador o desenvolvimento de novas habilidades e posturas frente à vida, trazendo reflexões e questionamentos acerca do modo de viver.


Fonte: DUARTE, I.V; FERNANDES, K.F; FREITAS, S.C. Cuidados paliativos domiciliares: considerações sobre o papel do cuidador familiar. Revista da SBPH, Rio de Janeiro, vol.16, no.2, dez. 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1516-08582013000200006. Acesso em: 08 de jun. de 2020.

Por: Fernanda Souza, graduanda em enfermagem pela Uneb - Campus VII.