terça-feira, 7 de abril de 2020

A enfermagem nos cuidados paliativos à criança oncológica



O cuidar da criança com câncer sob cuidados paliativos é um processo de sofrimento e um misto de emoções, o contato com a morte gera sensação de impotência no enfermeiro. Há sofrimento advindo do envolvimento com a criança e sua família e da impotência diante da evolução negativa da doença. Durante a assistência à criança em situação de morte iminente, o profissional de enfermagem sofre muito, pois sente-se impotente e inconformado com a presença da morte, e também despreparado, emocional e psicologicamente.
Ao lidar com a morte, o profissional sensibiliza-se com a situação da criança e sua família. Suas emoções e sentimentos emergem pelo fato de a morte, em nossa cultura, ser, para muitos, um momento de dor e profundo pesar.
Por mais que se estude sobre a morte, compreendê-la é difícil, pois é, muitas vezes, algo inexplicável e inaceitável, principalmente quando se trata de crianças.
A abordagem sobre o tema deve ser mais difundida, pois a morte é algo inesperado; no entanto, acreditamos que, ao falarmos sobre a morte, conseguimos encontrar meios para lidar melhor com ela. Além disso, é preciso buscar meios para o desenvolvimento do enfermeiro que atua nas áreas de saúde/criança/oncologia, devido ao sofrimento enfrentado por este. Destacando-se a necessidade de um serviço de apoio psicológico contínuo ao profissional que já atua nesta área, pois estudos demonstram que esses profissionais tendem a sofrer e até se esgotar emocionalmente durante a jornada de trabalho.

Fonte: AVANCI, Barbara Soares, et al. Cuidados paliativos à criança oncológica na situação do viver/morrer: a ótica do cuidar em enfermagem. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452009000400004>. Acesso em: 07 de abr. de 2020

Por: Luane Silva, graduanda em enfermagem pela Uneb - Campus VII.



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