O cuidar da criança com
câncer sob cuidados paliativos é um processo de sofrimento e um misto de
emoções, o contato com a morte gera sensação de impotência no enfermeiro. Há
sofrimento advindo do envolvimento com a criança e sua família e da impotência
diante da evolução negativa da doença. Durante a assistência à criança em
situação de morte iminente, o profissional de enfermagem sofre muito, pois
sente-se impotente e inconformado com a presença da morte, e também
despreparado, emocional e psicologicamente.
Ao lidar com a morte, o
profissional sensibiliza-se com a situação da criança e sua família. Suas
emoções e sentimentos emergem pelo fato de a morte, em nossa cultura, ser, para
muitos, um momento de dor e profundo pesar.
Por mais que se estude
sobre a morte, compreendê-la é difícil, pois é, muitas vezes, algo inexplicável
e inaceitável, principalmente quando se trata de crianças.
A abordagem sobre o tema
deve ser mais difundida, pois a morte é algo inesperado; no entanto,
acreditamos que, ao falarmos sobre a morte, conseguimos encontrar meios para
lidar melhor com ela. Além disso, é preciso buscar meios para o desenvolvimento
do enfermeiro que atua nas áreas de saúde/criança/oncologia, devido ao
sofrimento enfrentado por este. Destacando-se a necessidade de um serviço de
apoio psicológico contínuo ao profissional que já atua nesta área, pois estudos
demonstram que esses profissionais tendem a sofrer e até se esgotar
emocionalmente durante a jornada de trabalho.
Por: Luane Silva, graduanda em enfermagem pela Uneb - Campus VII.
Ótimo texto!!! Parabéns!
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