terça-feira, 31 de março de 2020

Cuidados paliativos e pandemia


Primeiramente, importante definir crises humanitárias. Segundo a OMS são: “eventos de grandes proporções que afetam populações ou sociedade, causando consequências difíceis e angustiantes como a perda maciça de vidas, interrupção dos meios de subsistência, colapso da sociedade, deslocamento forçado e ainda graves impactos políticos, econômicos com efeitos sociais, psicológicos e espirituais. ” Portanto, sim, estamos vivendo uma crise humanitária. Os Cuidados Paliativos (CP) por definição é uma abordagem multidisciplinar que previne e alivia o sofrimento através da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas, sejam eles físicos, psicossociais ou espirituais destinados a qualquer paciente que tenha uma condição de saúde que ameace ou limite a sua vida. De posse dessas duas definições fica evidente o vínculo profundo entre a pandemia que vivemos e o CP: alívio do sofrimento humano. Seja ele do paciente, da família, seja de nós, profissionais de saúde envolvidos no cuidado. Durante as epidemias de infecções com risco de vida, como a que enfrentamos, o sofrimento pode resultar tanto da doença, da resposta médica ou da saúde pública. Nesse sentido o CP e o tratamento para salvar vidas não devem ser considerados distintos, salvar vidas é uma maneira crucial de atingir esse objetivo, mas não é o único. Portanto, a prevenção e alívio do sofrimento devem ser ofertados a qualquer pessoa que sofra fisicamente, psicologicamente, socialmente ou espiritualmente e não apenas àqueles com condições de risco de vida. Respostas humanitárias que não incluem CP são clinicamente deficientes e eticamente indefensáveis.

Fonte:https://pebmed.com.br/por-que-cuidados-paliativos-na-pandemia-de-covid-19/>. Acesso em 31 mar. 2020



Por: Marília Silva, graduanda em enfermagem pela Uneb - Campus VII.

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sábado, 14 de março de 2020

Terapia assistida por animais (TAA)




A relação dos humanos com os animais é histórica, e apesar da resistência hospitalar em receber animais por uma série de recomendações, em alguns lugares isso vem sendo quebrado, dando bons frutos. O primeiro registro sobre a melhora de pacientes acompanhados por pequenos animais foi feito por Florence. Atualmente equipes compostas por veterinários, médicos, enfermeiros e terapeutas ocupacionais tem levado aos pacientes em Cuidados Paliativos de alguns hospitais parceiros no Brasil, animais previamente avaliados, treinados e higienizados. A intenção da TAA é promover o alívio da dor e da ansiedade, aumento da socialização e qualidade de vida e bem-estar do indivíduo respeitando sua autonomia e as especificidades de cada caso. E também respeitando os limites do animal. Segundo pesquisas, a presença desses animais melhora o humor dos pacientes e também da equipe. As visitas são acordas com a direção hospitalar e cumpre as regras de cada instituição.


Fonte: MOREIRA, RL et al. Terapia assistida com cães em pediatria oncológica: percepção de pais e enfermeiros. Rev Bras Enferm [Internet]. 2016 nov-dez;69(6):1188-94. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v69n6/0034-7167-reben-69-06-1188.pdf acesso em: 23 de fev, 2020.


Por: Noemy Reis, graduanda em enfermagem pela Uneb - Campus VII.